Audiência pública decide promover ação civil coletiva contra TIM

por Cristiano Marlon Viteck publicado 11/08/2017 10h10, última modificação 11/08/2017 11h13
Lideranças e população manifestaram descontentamento com serviços oferecidos
Audiência pública decide promover ação civil coletiva contra TIM

Audiência pública

Indignação e revolta por pagar por um serviço de telefonia móvel que é de pouca qualidade e causa prejuízos aos cidadãos, empresas e o município. Estes foram os sentimentos maiores expressos por políticos, lideranças e populares na audiência pública ocorrida na noite de ontem (10), na sede da Acimacar, para debater os problemas na telefonia celular que, há anos, são motivos de reclamações dos rondonenses. 

O evento foi uma iniciativa do Poder Legislativo – através dos vereadores Ronaldo Pohl, Nilson Hachmann e Valdir Port (Portinho) – em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon. Além dos vereadores proponentes, também compareceram Cleiton Freitag (Gordinho do Suco) e Josoé Pedralli, entre outras autoridades e lideranças como o deputado estadual Ademir Bier; o secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Sérgio Marcucci; o presidente da Acimacar, Gerson Froehner; e assessores dos deputados federais Evandro Roman e Nelson Padovani e estaduais Elio Rusch e José Carlos Schiavinato.

A TIM, empresa que domina o mercado de telefonia celular em Marechal Cândido Rondon, foi representada pelo técnico responsável da região, Renato Suzin, que reconheceu as deficiências no atendimento aos clientes no município. Em contrapartida, anunciou investimentos até o final do ano no serviço de 3G da empresa.

Contudo, os participantes da audiência pública entenderam que as medidas previstas são poucas. Assim, ao final do debate foram definidas três ações imediatas. A principal é uma ação civil pública coletiva na Justiça contra a TIM, encabeçada por empresas, entidades e munícipes em geral, devido à alegada má qualidade dos serviços que ela dispõe aos clientes.

Outra medida é oficiar o Ministério Público sobre a situação, a exemplo do que já correu em 2012 quando a Acimacar entregou à Promotoria Pública um abaixo-assinado com mais de mil assinaturas.

O objetivo é que a Promotoria firme um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a TIM para que esta melhore seus serviços.

Por fim, a terceira iniciativa será encaminhar ofícios às operadoras Vivo, Oi e Claro, incentivando-as a disputarem mercado em Marechal Cândido Rondon, uma vez que há um descontentamento generalizado da população em relação à TIM.

Isso ficou demonstrado, também, na enquete online promovida pela Câmara de Vereadores, Acimacar e o site A Gazeta Web. Dos 855 internautas que responderam, 807 informaram serem clientes da TIM. Quando perguntados se estavam satisfeitos com a telefonia móvel do munícipio, 508 responderam “nada satisfeitos” e outros 259 “pouco satisfeitos”.

O presidente da Acimacar lembrou que há cinco anos a entidade dialoga com as operadoras para que estas invistam mais em suas estruturas. “Infelizmente, as ações não têm surtido efeito”, lamenta. Conforme Gerson, desde então foram ouvidas muitas promessas que na prática não se confirmaram.

O vereador Ronaldo Pohl, que presidiu a audiência pública, criticou o fato de que, embora reconheça os problemas em Marechal Cândido Rondon, a TIM não os soluciona. “Estamos há anos brigando, mas não sentimos melhora”, declara.

A principal dificuldade dos clientes é a má qualidade das ligações ou ausência de sinal, principalmente nos bairros. Também é motivo de insatisfação a pouca eficiência das duas antenas recentemente instaladas pela TIM nos distritos de Margarida e, especialmente, Porto Mendes.