Commur apresenta propostas de enfrentamento à violência contra mulher

por Cristiano Marlon Viteck publicado 22/11/2017 16h15, última modificação 23/11/2017 11h46
Entidade participou da Tribuna Popular do Legislativo
Commur apresenta propostas de enfrentamento à violência contra mulher

Lidia Agnez Glitz Sander, secretária do Commur

 

A violência contra as mulheres foi tema da Tribuna Popular da Câmara de Vereadores de Marechal Cândido Rondon, na última segunda-feira (20). O espaço foi utilizado pelo Conselho Municipal da Mulher Rondonense (Commur), representado pela secretária Lidia Agnez Glitz Sander. Neste sábado (25), é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher.

Durante seu pronunciamento, Lídia relatou que, conforme reportagem recente do jornal O Presente, somente entre janeiro e outubro deste ano, o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) atendeu 126 mulheres vítimas de violência. Elas procuraram o Centro espontaneamente ou foram encaminhadas por outros setores. 

“Este tem sido também um dos papéis do Commur, o de informar, mobilizar, conscientizar e divulgar sobre a violência contra mulheres, como e onde procurar ajuda”, explica Lídia.

Na avaliação do Commur, para enfrentar esta realidade de agressões às mulheres, é necessário melhorar a estrutura da proteção, de humanização e de acolhimento nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Além disso, é preciso oferecer maior interação e integração das redes de atendimento a fim de fortalecer a mulher vítima da violência. Mais recursos para investimentos em políticas públicas que garantam esses direitos também são reivindicados.

Para Marechal Cândido Rondon, o Conselho propõe a criação do Centro de Referência de Atendimento à Mulher, da Casa Abrigo Microrregional à Mulher Vítima de violência e do Observatório Social da Lei Maria da Penha. O Commur também aponta a necessidade de que seja criado um local onde as mulheres possam obter orientação sobre direitos e medidas protetivas.

A falta de uma Delegacia da Mulher ou de um departamento específico para atendimento à mulher na Delegacia de Polícia Civil é criticado.

O Conselho ainda sugere maior capacitação aos profissionais da saúde no atendimento à mulher, a realização de campanhas de divulgação, criação de uma Coordenadoria Municipal às Mulheres e o estabelecimento de parceria com o Poder Judiciário e demais instâncias para implantar um programa para acompanhamento técnico do agressor.

“Se fazem urgentes medidas legislativas e políticas para prevenir este tipo de violência que acomete mulheres e meninas do nosso município. Precisamos de recursos e, principalmente, da vontade política e de mecanismos de responsabilização que garantam os programas e projetos necessários”, conclui Lídia.

O Commur, criado em 2010, tem caráter deliberativo e está vinculado administrativamente à Secretaria Municipal de Assistência Social. Ele conta com 16 conselheiras titulares e outras 16 suplentes, sendo metade representantes da sociedade civil e as demais do governo municipal.