Marechal Rondon poderá contar com Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal

por Cristiano Marlon Viteck publicado 23/05/2025 08h55, última modificação 23/05/2025 09h06
Proposta consta em projeto de lei do Executivo em tramitação na Câmara
Marechal Rondon poderá contar com Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal

Sistema Municipal poderá fiscalizar animais destinados ao abate (FOTO: Jonathan Campos/AEN)

 

Com o objetivo de reforçar a segurança sanitária e a qualidade dos produtos de origem animal em Marechal Cândido Rondon, o governo rondonense encaminhou à Câmara de Vereadores o Projeto de Lei 25/2025, que propõe a criação do Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIM/POA), com diretrizes para fiscalização e inspeção sanitária, industrial e comercial desses itens.

Se aprovado o Projeto de Lei, a legislação tornará obrigatória a fiscalização prévia de todos os produtos de origem animal, incluindo os destinados ao consumo, manipulados, acondicionados e em trânsito. Ficarão sujeitos à fiscalização os animais destinados ao abate, além de derivados de carne, leite, ovos e produtos ligados à apicultura.

A inspeção será realizada por profissionais especializados, como médicos veterinários e demais cargos efetivos de atividades técnicas de fiscalização agropecuária, lotados na Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Sustentável. Eles atuarão para garantir o cumprimento dos padrões sanitários exigidos.

Para tanto, estão previstas inspeções antes e depois do abate de animais, a análise da qualidade da água utilizada nos processos industriais, e o monitoramento da rotulagem e rastreabilidade dos produtos ao longo da cadeia produtiva.

A fiscalização abrangerá desde as propriedades rurais até os estabelecimentos de processamento e comercialização, garantindo controle completo dos alimentos de origem animal.

As penalidades para quem descumprir as normas de higiene e segurança alimentar incluem advertências, multas e até a interdição de estabelecimentos.

O projeto também proíbe a duplicidade de fiscalização no município, evitando conflitos entre órgãos municipais, estaduais e federais.

Conforme destaca o prefeito Adriano Backes na justificativa do Projeto de Lei, o Sistema Municipal poderá ser integrado ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (SUSAF/PR), por meio do processo simplificado, seguindo o modelo proposto pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

“A adesão ao Sistema Unificado Estadual representará uma oportunidade para fortalecer a atuação das agroindústrias, com a ampliação das oportunidades de mercado”, avalia o prefeito.

Ainda de acordo com ele, a atualização da legislação e da regulamentação permitirá uma fiscalização adequada e o melhor controle dos processos produtivos, garantindo que os alimentos produzidos no município cumpram os requisitos sanitários mais modernos, proporcionando segurança e qualidade para os consumidores.

O Projeto de Lei tramita na Câmara de Vereadores desde a sessão da última segunda-feira (19), quando foi lido e baixado para análise e pareceres das Comissões de “Justiça e Redação”; de “Finanças, Orçamento e Fiscalização”; e de “Educação, Cultura, Saúde, Bem-Estar Social e Ecologia”.