Vereadores de Marechal Rondon são favoráveis ao apoio financeiro estadual às APAEs

por Cristiano Marlon Viteck publicado 03/06/2025 09h05, última modificação 03/06/2025 11h06
Ação que tramita no STF questiona legalidade do financiamento pelo Governo
Vereadores de Marechal Rondon são favoráveis ao apoio financeiro estadual às APAEs

Legislativo se posicionou em defesa da APAE

 

Na sessão desta segunda-feira (02), os 13 vereadores de Marechal Cândido Rondon apresentaram Moção de Apelo ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que a Corte se posicione contrária à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7796. A medida judicial que tramita no STF questiona a legalidade do financiamento estadual da educação especial promovida por entidades filantrópicas, como as APAEs.

O pedido assinado por todos os edis reforça o posicionamento já manifestado anteriormente pelo vereador Rafael Heinrich no Requerimento 222/2025, aprovado na semana passada. O novo requerimento aprovado ontem e reforçando a manifestação, será enviado aos ministros do STF, enfatizando a necessidade de preservação das políticas de apoio à educação especial.

Os vereadores ressaltam que, caso a ADI seja acatada, será comprometida a continuidade do ensino especializado das APAEs, essencial para pessoas com deficiências severas. O Poder Legislativo rondonense entende que, apesar dos avanços na inclusão escolar, a eliminação do suporte à educação especial restringe opções, em vez de ampliar alternativas de ensino.

Os vereadores argumentam que a educação inclusiva deve respeitar as particularidades de cada aluno, sem descartar modelos alternativos que atendam às necessidades de estudantes com condições graves, como paralisia cerebral, traqueostomia e hidrocefalia.

Segundo o texto da moção, instituições especializadas oferecem infraestrutura e equipe multidisciplinar que muitas vezes não podem ser garantidas em escolas regulares.

A moção cita também que Constituição Federal, no artigo 208, inciso III, assegura o direito à educação especial, e a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, com status constitucional, respalda a liberdade de escolha no ensino. Dessa forma, a Câmara de Vereadores de Marechal Cândido Rondon pede que a Suprema Corte reconheça o impacto humano e social da decisão e mantenha a constitucionalidade das leis paranaenses que garantem apoio a essas instituições, como a APAE rondonense, que presta este serviço há décadas e tem pleno reconhecimento da população.